RENATTA

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PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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sábado, 12 de abril de 2014

A Pequena Alma





"Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus: 
- Eu sei quem sou!

E Deus disse: - Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou: - Eu sou Luz!

E Deus sorriu: - É isso mesmo! Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que
 todas as almas deveriam descobrir: - Uau, isto é mesmo bom! - 
disse a Pequena Alma.

Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe bastava. 
A Pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. 



Então foi ter uma conversa com Deus e disse: - Olá Deus! Agora que sei
Quem Sou, posso ser Quem Sou?

E Deus disse: - Quer dizer que quer ser Quem já És?

- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é ser Quem Sou. 
Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.

- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.

- Sim, mas quero sentir! - gritou a Pequena Alma.

- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - 
disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou: - Há só uma coisa...

- O quê? - perguntou a Pequena Alma.

- Bem, não existe nada além da Luz. Porque eu não criei nada além 
daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil que você experimente Quem És.

- Poxa!? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

- Tu és como uma vela ao Sol. Estás lá, sem dúvida.
Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol.
E o Sol não seria o Sol sem voces. Não seria um sol sem uma das suas velas. 
A questão é: como podes conhecer-te como a Luz, quando estás no meio da Luz?

- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma, mais animada.

Deus sorriu novamente: - Já pensei. Já que não podes ver-te como a 
Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.

- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.

- É aquilo que tu não és - replicou Deus.

- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.

- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, 
a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.

- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é 
– disse Deus. Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, 
o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, 
o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus -
 quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a 
voz para amaldiçoar a escuridão. Sê, antes, uma Luz na escuridão, e 
não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros
 também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como 
és especial!

- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial?
 - perguntou a Pequena Alma.

- Claro! - Deus riu-se. Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” 
não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! 
Só que muitos se esqueceram disso. Esses apenas vão ver que podem ser 
especiais quando tu vires que podes ser especial!

- Oba! - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando.
 - Posso ser tão especial quanto quiser!

- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e
 saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma. 



- Que parte de especial é que queres ser?

- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. Não entendi…

- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem 
muitas partes: É especial ser bondoso. É especial ser delicado.
 É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma
 outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.

- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma. 
- É especial ser prestativo. É especial ser generoso. É especial ser simpático.
 É especial ser atencioso e amoroso com os outros.

- Sim! - concordou Deus. E tu podes ser todas essas coisas.

- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! 
- proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. 
Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. 
Não é ser especial alguém que perdoa?

- Ah, sim, isso é muito especial - assegurou Deus à Pequena Alma.

- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa.
 Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.

- Bom, mas há uma coisa que devias saber — disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente.
 Parecia haver sempre alguma complicação...

- O que é? - suspirou a Pequena Alma.

- Não há ninguém a quem perdoar.

- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma
 única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta!

Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado.
 Outras almas tinham vindo de todos os lados, porque tinham ouvido dizer
 que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, 
e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. 



Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de
 concordar: Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. 
Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

- Então, perdoar quem? – perguntou Deus.

- Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. - resmungou a 
Pequena Alma. E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.

Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
 - Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.

Vais? - a Pequena Alma animou-se. Mas o que é que tu podes fazer?

- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

- Podes?

- Claro! - disse a Alma Amiga, alegremente. Posso entrar na tua próxima vida 
física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

- É simples - disse a Alma Amiga. Faço-o porque te quero muito bem.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga. Tu fizeste o mesmo por mim.
 Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes.
 Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. 
rincamos juntas através de todo o tempo e em muitos lugares. 
Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, 
a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. 
Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau. Fomos ambas a Vítima e o Vilão.
 Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a
 oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar
 Quem Realmente Somos. Eu vou entrar na tua próxima vida física e ser
 a “má”, desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes
experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? 
- perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

- Oh, havemos de pensar em alguma coisa - respondeu a Alma Amiga,
 piscando o olho.

Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, e disse numa voz mais calma: -
 Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?

- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.

- Eu vou ter que fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser
 uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.

- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma. 
E começou a dançar e a cantar: Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

- O que é? - perguntou a Pequena Alma. O que é que eu posso fazer por ti? 
És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas!

E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga: - O que é que posso fazer por ti?

- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga 
– no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, 
nesse preciso momento...

- Sim? - interrompeu a Pequena Alma. Sim?

A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.

- Lembra-te de Quem Realmente Sou.

- Oh, não irei esquecer! - gritou a Pequena Alma. Prometo! Lembrar-me
-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

- Que bom - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto,
 que eu própria vou esquecer Quem Sou. E se tu não te lembrares de mim 
tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante 
muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te 
de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que
 venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.

- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. Eu vou lembrar-me 
de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de
 me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, 
entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. 
E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar 
como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível."

Neale Donald Walsch

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