RENATTA

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PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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terça-feira, 13 de maio de 2014

13 de maio... momento de reflexão


Colaboração Márcia Catarina A. A. das Chagas 
Psicóloga da AMAC CRAS/Sudeste



















O Brasil relembra, neste 13 de maio,muitos anos da abolição da escravatura
 e se torna cada vez mais urgente uma profunda reflexão sobre o legado
 da escravidão, a nação que estamos construindo e sua relação com 
a atualidade dos serviços de Assistência Social prestados no país.

Para cada ano de nossa história, tivemos nove meses sob o julgo da 
escravidão e esta marca fez com que o Brasil fosse um dos 
últimos países do mundo a libertar seus cativos. Este fato produziu
 sérias consequências no quadro de desigualdades que ainda
 temos, em que pese os avanços obtidos.

Só muito recentemente começaram a ser implementadas políticas 
públicas que objetivam buscar reparações para o grande mal 
causado à população negra deste país, que no dia 14 de maio de 1888
 se viu jogada nas ruas sem nenhum amparo ou assistência. 
A liberdade não veio seguida de ações que permitissem sequer
 a sobrevivência física dos africanos escravizados e seus descendentes.

Querer atuar com visões universalistas de programas e projetos
 sociais que não contemplem a pluralidade racial e étnica de 
nossa sociedade e não olhar para a imensa desigualdade
 que separa brancos, índios e negros. Rui Barbosa dizia que
: “tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com 
igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real”.

Por isso, defendo um olhar mais atencioso das(os) profissionais 
envolvidos no sistema da seguridade social para a 
percepção de um tratamento diferenciado àquelas pessoas
 que possuem condições mais desfavoráveis que outros e que
 buscam ser atendidos pelos profissionais da Assistência Social.

A Amac tem como missão: “Proteger e promover o cidadão pela 
execução da política de Assistência Social, articulando os setores
 público e privado com controle social.” Assim, precisamos 
ter, para além de nossa sensibilidade; compromissos sociais 
para a consolidação desta missão. Compromissos com a enorme 
dívida que o país e, por conseguinte, a cidade de Juiz de fora,
 têm para com a população afrodescendente.

Sabemos da horizontalidade da assistência social, o que a faz
 atuar no nível de todas as necessidades de reprodução dos 
cidadãos excluídos. Isto lhe confere a possibilidade de 
democratização das demais políticas sociais. O alcance desta
 democratização está intrinsecamente ligado à forma de
 atendimento as pessoas que necessitam. Os negros e negras
 brasileiros estão na base da pirâmide social, portanto, são a 
maioria dos mais pobres e dos desiguais.

Que possamos utilizar este 13 de maio, no qual o movimento 
negro celebra como o dia nacional contra a discriminação racial,
 para refletirmos sobre o real cumprimento de nossa missão com 
o enfoque para quem mais necessita. A simples reflexão 
pode nos trazer posturas diferenciadas que podem ajudar a 
compreender as mudanças que se operam no Brasil em busca
 de uma nação que busque resgatar esta enorme dívida social 
para com a população.

O Supremo Tribunal Federal deu um importante passo neste 
sentido, ao considerar constitucional o sistema de cotas para 
negros nas universidades públicas, nas palavras do 
ministro Ricardo Lewandowski: "Justiça social mais que 
simplesmente distribuir riquezas significa distinguir, 
reconhecer e incorporar valores. Esse modelo de pensar
 revela a insuficiência da utilização exclusiva dos critérios 
sociais ou de baixa renda para promover inclusão, mostrando
 a necessidade de incorporar critérios étnicos."
Nós servidores da Assistência Social também podemos fazer a diferença.

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