RENATTA

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PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A bunda e o amor















Aproveitava despretensiosamente uma bela tarde sentada num 

banco no centro da cidade, quando vi uma cena, no mínimo, curiosa.

Sabe quando passa alguém que chama tanto a atenção (pelos cabelos,

 pela bunda, pelo jeito, pelo barulho) que as cabeças se viram para 

acompanhar aquele andar? Como se fosse uma "ôla "num campo de

 futebol, vi rostos com cara de espanto, seguidos de expressões de felicidade.


Eram idosos, com a pele branquinha, óculos grandes e casacos de crochê.
 Pequenininhos, daquele jeito que todo senhor ou senhora fica
 quando a idade chega.
 Estavam com as mãos enrugadas coladas uma na outra, a aparência
 tranquila e um quase sorriso constante no rosto. 
Pareciam estar felizes por fazer aquilo que fazemos todos os dias 
sem nos dar conta: andando de mãos dadas na rua.
 Poderia ser mulher gostosa desfilando de calcinha, mas o que 
chamou a atenção de todo mundo que passou foi só o amor.
Eu olhei o casal de mãos dadas e sorri. Sorri, mesmo, com a sinceridade
 que não aparece numa selfie. Um sorriso meio torto e meio feio,
 mas que se torna inteiro quando é por um bom motivo. 
De repente eu olhei em volta e todos sorriam.
Mas, ao contrário do riso que vem com uma bunda à mostra 
desfilando pelas ruas, era um sorriso leve.
Naquele dia, compartilhei com desconhecidos, o desejo de ter
 um amor que não exista pelo salto alto, pela bunda durinha ou 
pelo cabelo exorbitante – já que eles, uma hora, deixam de existir.
Sei que quem sorriu vendo o casal atravessando a rua – 
e até mesmo os motoristas dos carros, que esperaram os dois
 atravessarem porque o tempo do semáforo era insuficiente 
para as passadas curtinhas – quer amor dos chinelos de pano
 para os pés inchados, do tricô e das boas lembranças.
Ninguém precisou falar nada. Mas a onda de sorrisos trocados 
que aquele casal gerou foi tão surreal, que eles bem que
 poderiam não existir de verdade e sumir quando chegassem na esquina.
Eles podem não saber, os velhinhos. 
Mas cumpriram uma importante missão: 
Fizeram com que o amor chamasse tanta 
atenção quanto uma gostosa com a bunda a mostra.

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