(05 de Janeiro) ao Dia dos Reis (06 de Janeiro) quando, segundo a antiga
tradição cristã, bênçãos divinas se derramam sobre nós através dos portais das
12 Constelações do Zodíaco, o Cinturão de Estrelas em volta do espaço sideral no
qual existimos.
As 12 badaladas da meia noite do Natal anunciam a vigília que é um preparo espiritual
As 12 badaladas da meia noite do Natal anunciam a vigília que é um preparo espiritual
como se as Noites Santas fossem uma prévia dos 12 meses do ano que se inicia.
As virtudes recebidas das hierarquias espirituais nesta época através da meditação
As virtudes recebidas das hierarquias espirituais nesta época através da meditação
injetam suas forças no nosso desenvolvimento espiritual ao longo do novo ano.
Uma atenção especial deveria ser dada aos sonhos como mensageiros do espírito.
Uma atenção especial deveria ser dada aos sonhos como mensageiros do espírito.
A tradição das 12 Noites Santas e o Zodíaco
Podemos associar esta tradição à sabedoria antiga do Oriente através do relato da
Jornada dos Reis Magos do Evangelho de Mateus. ( 2.2 a 10)
Na noite em que nasceu o Salvador uma estrela se iluminou e este era o sinal há
Na noite em que nasceu o Salvador uma estrela se iluminou e este era o sinal há
muito esperado pelos Iniciados do Oriente que durante 12 noites seguintes
seguiram o brilho da estrela que os precedia até alcançar a criança que
havia sido anunciada como o Messias.
O relato do Evangelho de Mateus nos remete para os mistérios espirituais da
antiguidade etapa do desenvolvimento da humanidade da época do
assentamento na região do Mediterrâneo quando aqueles que eram iniciados
desenvolviam a visão clarividente através da qual o que hoje é considerado
pela astronomia como corpos siderais eram vistos por eles como a
manifestação de seres espirituais em atividade constante e transmutação
contínua.
A este antigo estado de consciência clarividente está associado o surgimento
A este antigo estado de consciência clarividente está associado o surgimento
da astrologia, esta sabedoria baseada na analogia do movimento e posição
dos astros com o destino humano. Ao fazermos a vigília das Noites Santas
podemos retomar a jornada dos Reis Magos através da ligação interior
com este sabedoria a respeito das 12 Constelações do Zodíaco.
Quem são os seres que vamos encontrar na jornada das 12 Noites Santas?
Rudolf Steiner refere-se às hierarquias espirituais em muitas de suas palestras.
Inicialmente ele lhes dedica um capítulo na Ciência Oculta (1905) descrevendo a
Inicialmente ele lhes dedica um capítulo na Ciência Oculta (1905) descrevendo a
atuação delas na evolução do universo e do ser humano.
As nove hierarquias espirituais podem ser contempladas como esculturas
no portão sul da Catedral de Chartres desde o século XIII.
Chartres foi a mais importante catedral gótica da idade média e neste portão
Chartres foi a mais importante catedral gótica da idade média e neste portão
chamado de Portão da Transubstanciação as hierarquias formam uma
escada ascendente que representa o ensino espiritual da Escola de Chartres.
O aluno deveria de degrau em degrau (gradualmente) adquirir consciência
O aluno deveria de degrau em degrau (gradualmente) adquirir consciência
destes seres espirituais que representavam diferentes estados de consciência.
Neste aprendizado o pensamento era considerado um instrumento necessário
Neste aprendizado o pensamento era considerado um instrumento necessário
para a percepção do espiritual desde que fosse casado com a vivência dos
sentimentos e assim tornavam-se ambos, pensar e sentir, órgãos de
compreensão e de participação no mundo espiritual.
Os nomes das hierarquias se originaram de um manuscrito de Dionísio,
o Aeropagita que fundou a primeira escola esotérica cristã da antiguidade.
Dionísio um iniciado dos antigos centros de mistérios gregos renomeou os
Dionísio um iniciado dos antigos centros de mistérios gregos renomeou os
seres divinos que eram chamados na antiguidade como os seres de Vênus,
os seres de Mercúrio, etc. a partir da revelação do Cristo feita a ele por
Pulo de Damasco em Atenas.
O manuscrito sobreviveu ao longo de séculos até ir parar em Chartres e
são intitulados Os Nomes Divinos e a Teologia Mística descrevendo
dramaticamente os nove níveis de seres divinos associados em grupos
de três hierarquias que participaram da evolução da terra e do ser humano.
A primeira hierarquia
Inclui os Serafins, Querubins e Tronos que iniciaram a evolução estando
tanto no seu início como no seu fim – no Alfa e no Omega,
Eles atuam a partir do divino, da esfera macrocósmica que é denominada
como a esfera do Pai, de Deus, de Alá. do amor divino, da doação cósmica.
Eles são seres de um estado evolutivo anteriores ao nosso, tão avançados
Eles são seres de um estado evolutivo anteriores ao nosso, tão avançados
em sua evolução que foram capazes de fazer fluir de si a sua
própria substância dando nascimento ao atual estado do nosso sistema solar.
A segunda hierarquia
É formada pelos Kyriotetes, Dynamis e os Exusiai.
Enquanto no processo de configuração do nosso Cosmos a primeira
hierarquia atuou de fora eles de dentro do processo acolheram os
planos divinos transformando-os em sabedoria, dando-lhe movimento e forma.
E por último,
A terceira hierarquia
os Arqueus, Arcanjos e Anjos próximos ao seu humano porque
desenvolveram a sua essência nesta etapa evolutiva em que nós Anthropos
nos encontramos e na qual estamos destinados a nos tornamos co-criadores
da evolução..
Primeira hierarquia Segunda hierarquia Terceira hierarquia
Serafins Kyriotetes Arqueus
Querubins Dynamis Arcanjos
Tronos Exusiai Anjos
Já nos últimos anos de sua vida em uma palestra intitulada a Palavra
Cósmica e o Homem Individual (02/05/1923) Rudolf Steiner chama a
atenção para o fato de que o homem autoconsciente deveria
re-aprender a vivenciar as hierarquias na sua vida interna como realidades.
Nesta palestra ele diz que estes seres espirituais vem ao nosso encontro
quando nos preparamos para conhecê-los e falarão a nossa alma
primeiramente como pensamentos e sentimentos e só então o perceberemos
como realidades
Em um texto intitulado O Zodíaco e as Hierarquias Espirituais, Sergej Prokofieff,
que é atualmente um dos dirigentes mundiais da Antroposofia, inspirado por
diversas palestras de Rudolf Steiner descreve o ensino espiritual de Chartres
nesta tradição da vigília das 12 noites santas.
Ele delinea a escada de expansão da consciência que ajuda a dar nascimento
no último degrau ao ser divino em cada um de nós.
O primeiro degrau da escada se assenta na esfera humana terrena e cada
degrau nos leva gradualmente à esfera macrocósmica à esfera divina.
Prokofieff faz uma analogia entre este caminho de transformação e
o processo de desenvolvimento descrito por Rudolf Steiner como o caminho
de Jesus a Cristo.
Jesus nasce como a criança arquetípica destinada a se desenvolver como um
ser humano de tal forma que possa acolher em si o Eu do Cosmo no Batismo
do Jordão.
Este acontecimento místico derramará sua influência por sobre toda a
Este acontecimento místico derramará sua influência por sobre toda a
história humanidade como um grande arquétipo de desenvolvimento espiritual.
PRIMEIRA NOITE SANTA (Dia 25 de Dezembro)
Soam as 12 badaladas da meia noite anunciando o Natal. Vem a aurora,
atravessamos o dia, cai a noite e uma luz se acende no céu irradiando
um brilho que emana da Constelação de Peixes e ilumina a primeira
vigília santa.
Estamos no primeiro degrau da escada que está assentada na esfera
humana terrena na dimensão da existência do anthropos – o ser da liberdade.
A liberdade é uma das duas principais forças espirituais que nos foram
destinadas conquistar ao longo da vida. A outra força será ao final da
escada, o amor.
A sabedoria antiga nos conta que foram as forças espirituais de Peixes
que configuraram os pés humanos. Quando observamos os pés verificamos
que eles são formados em forma de uma abobada que vai propiciar
simultaneamente com a verticalização da coluna o andar ereto, primeiro
grande aprendizado da vida. Quando criança nos arrastamos, engatinhamos
e finalmente nos erguemos e nos apoiamos nos próprios pés superando as
forças da gravidade significando isto uma grande conquista e a condição
para o desenvolvimento do pensamento, sendo o pensar o que diferencia
o Humano dos outros reinos da natureza.
Ao longo da vida seguidamente fazemos uma analogia íntima com este fato:
“andar nos meus próprios pés, saber por onde ando”, "seguir os meus
próprios passos”, “não vou andar nos passos de ninguém” são expressões
que expressam uma correta relação com a terra e com o destino em termos
de liberdade pessoal.
Nesta primeira Noite Santa recebemos da Constelação de Peixes os impulsos
para se firmar nos próprios pés e se erguer, condições básicas para
alcançar a liberdade individual, meta ao qual nos destinamos como seres
individualizados.
SEGUNDA NOITE SANTA (Dia 26 de Dezembro)
Nasce o Sol, atravessamos o segundo dia, cai a noite e uma nova luz brilha
no céu irradiando da Constelação de Aquário o segundo degrau desta
escada espiritual.
Deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Anjos.
Deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Anjos.
Os anjos são representados pela figura de um ser que derrama a água,
o símbolo da vida e assim eles também são chamados de “Filhos da Vida”.
Eles são os seres espirituais imediatamente superiores a nós mantendo
conosco uma relação próxima. O encontramos logo cedo no nascimento
quando “parecemos anjos” nosso corpo vital ainda muito latente,
cheio de vida.
Na infância ele é chamado de “Anjo da Guarda” e é sempre representado
em todas as culturas protegendo a criança dos perigos sendo o seu
guia e como guia ele permanece ao longo de toda a nossa vida.
“Pergunte ao seu anjo da guarda” frequentemente escutamos quando
estamos em dúvida em relação ao caminho a seguir, a que decisão tomar.
Na vida adulta ele se transforma em nosso Guia Espiritual, nosso verdadeiro Self .
“Assim deverás ser” nos fala no íntimo transmutando continuamente forças
vitais em forças de consciência fazendo surgir nos pensamentos as imagens
orientadoras para a nossa vida.
Nesta segunda Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação
de Aquário os impulsos dos Anjos para que possamos enxergar e
permanecer fieis aos nossos ideais. Os nossos ideais iluminam e
protegem o nosso caminho e apontam para onde devemos seguir.
TERCEIRA NOITE SANTA (Dia 27 de Dezembro)
Atravessamos mais um dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu
irradiando da Constelação de Capricórnio o terceiro degrau nesta escada
espiritual e deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Arcanjos.
Os Arcanjos são denominados de seres da luz.
Rudolf Steiner os descreve na Ciência Oculta como aqueles seres
Os Arcanjos são denominados de seres da luz.
Rudolf Steiner os descreve na Ciência Oculta como aqueles seres
que durante a evolução acordaram ao enxergar o seu próprio reflexo
no exterior.
Quando eles doaram sua própria essência esta sua essência era a própria
Quando eles doaram sua própria essência esta sua essência era a própria
luz que irradiou para os quatro cantos do universo.
A luz dos arcanjos é representada hoje em nós pela nossa inteligência
A luz dos arcanjos é representada hoje em nós pela nossa inteligência
que irradia para o meio ambiente e torna consciente para nós mesmos
e para o mundo a nossa própria existência.
Os arcanjos se tornaram na evolução guardiões da inteligência cósmica
com a missão de proteger o amor divino contido nesta inteligência que
criou e transformou tudo em sabedoria para o bem de todos.
Nesta terceira Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação de
Capricórnio os impulsos dos Arcanjos para o fortalecimento da nossa
personalidade através da expansão da luz e autonomia da nossa inteligência.
QUARTA NOITE SANTA (Dia 28 de Dezembro)
Atravessamos mais um dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu
irradiando da Constelação de Sagitário de onde emanam as forças
espirituais dos Arqueus, os Seres da Personalidade.
Isto significa que eles não só possuem um Eu como sabem que
o possuem e através desta consciência intensificada eles criam
uma imagem de si no exterior. Eles projetam no exterior a força
de sua luta interna que é a própria luta do centauro, do ser humano
emancipado por um lado na sua inteligência mas por outro lado,
em luta constante para superar suas forças animalescas, seus
instintos selvagens, suas forças egoísticas.
Os arqueus são considerados os Espíritos do Tempo porque
esta luta é a própria luta de desenvolvimento humano do nosso
tempo abrangendo algo que ultrapassa todas as etnias e se torna
uma influência cultural na nossa civilização.
Aqui a tarefa anterior dos Arcanjos que era proteger a sabedoria
cósmica das intenções egoístas é ampliada pelos Arqueus estando
expressa no desafio da nossa civilização moderna na luta entre
o materialismo exarcebado e a preservação dos recursos naturais.
No portal sul da Catedral de Chartres a escultura de Micael preside
as 3 hierarquias.
Rudolf Steiner constantemente se refere a ele como o Regente desta
Rudolf Steiner constantemente se refere a ele como o Regente desta
nossa Época com a missão de dominar o dragão, o ser mítico, em
cuja forma está representado o nosso intelecto onde a sabedoria
cósmica foi apropriada através da compreensão das leis, através
da ciência natural e precisa ser colocada no mundo de forma
mais ampla para o bem de todos. Tanto no aspecto pessoal de
construção da personalidade como neste aspecto temporal
esta luta representa um cair e levantar constantes.
Nesta quarta Noite Santa recebemos através do Portal do Sagitário
os impulsos espirituais dos Arqueus para o fortalecimento da
personalidade de forma que tenhamos forças de estabelecer
e sustentar impulsos mais abrangentes na nossa vida que nos
orientem para o futuro e que contenham metas espirituais para
a nossa existência.
QUINTA NOITE SANTA (Dia 29 de Dezembro)
Nasce de novo o sol, atravessamos um novo dia e cai a noite
e uma nova estrela brilha no céu irradiando da Constelação de
Escorpião através do qual emanam as forças espirituais dos Exusiai
os Seres da Forma.
Agora atingimos o âmbito da segunda hierarquia.
Eles também foram seres de um estado evolutivo anterior tão
Agora atingimos o âmbito da segunda hierarquia.
Eles também foram seres de um estado evolutivo anterior tão
avançados em sua evolução que podem acolher os planos divinos
e torná-los manifestos de forma que haja uma concordância
entre a esfera macróscomica da consciência cósmica e o nosso
sistema solar que é uma expressão microcósmica onde a nossa
existência humana está inserida, onde a biografia humana transcorre.
Os Exusiai estão envolvidos nos processos de criação de um novo
ser, na transformação de uma forma em outra, na metamorfose
constante da substância.
Na Bíblia eles são chamados de Elohins e no corpo humano as forças
de Escorpião configuraram os genitais a partir dos quais é possível
a procriação ou seja a criação de um novo ser físico.
Estamos no âmbito das forças sexuais que são as forças que
oscilam tanto para o egoísmo mais absoluto, aquilo que pode ser
caracterizado como o mal porque ao oferecer a possibilidade da
maior satisfação imediata podem subjugar o humano ao nível
do animalesco. Mas que também trazem uma das maiores
possibilidades para a superação do egoísmo e transcendência de forças.
Se em Sagitário tínhamos a imagem de um cair e levantar
Se em Sagitário tínhamos a imagem de um cair e levantar
constantes entre o animalesco e o humano aqui temos a
imagem de uma luta na nossa vida interior entre a morte e
ressurreição. E esta é uma luta que ocorre em âmbito
muito individual onde em liberdade oscilamos entre as s
ombras que obscurecem o nosso ser, os esconderijos onde
vive o Escorpião venenoso e as forças de expansão do ser
representadas pela águia que se eleva às alturas e de lá
contempla o Todo.
O Escorpião é então o signo das forças duplas, tanto
destrutivas, retrógradas que mudam constantemente de
aparência e invadem a nossa alma caotizando a vida
como é também portador de forças construtivas que tem
a ver com transmutação constante e contínua superação para
que a substância divina, o Espírito possa em nós ser plasmado
de novo e sempre. No Apocalipse esta característica de
forças duplas é apresentada como a espada de dois gumes.
Nesta quinta Noite Santa recebemos através do portal de
Escorpião os impulsos espirituais dos Exusiai para aceitar
por um lado as nossas fraquezas, e por outro lado
recebemos impulsos espirituais para a superação e transformação
destas forças.
SEXTA NOITE SANTA (Dia 30 de Dezembro)
Temos o nascer do sol, a passagem de mais um dia e o cair da sexta Noite Santa.
Uma nova estrela brilha no céu irradiando da Constelação de Balança
Uma nova estrela brilha no céu irradiando da Constelação de Balança
o portal através do qual emanam as forças espirituais dos Dynamis o
Seres do Movimento.
Continuamos no âmbito da segunda hierarquia.
Na evolução os Dyamis acordaram ao perceber o que estava ocorrendo
Continuamos no âmbito da segunda hierarquia.
Na evolução os Dyamis acordaram ao perceber o que estava ocorrendo
em volta deles e atuaram criando um equilíbrio dinâmico, uma correta
relação, uma permanente reciprocidade entre as coisas. Estar em
desequilíbrio significa estar separado, não está inserido na unicidade
de todas as coisas. Suas forças configuraram a bacia que é
responsável pelo equilíbrio no manter-se ereto.
No trabalho biográfico, pela antroposofia, estudamos a expressão
da Balança por volta dos 28 anos que é o marco de mudanças entre
as forças do passado que nos carregaram até aí e as forças do futuro
que trazem a possibilidade de uma nova expressão da nossa
individualidade através da nossa capacidade de transformar a
herança da educação herdada.
Os Dynamis nos oferecem a possibilidade de colocar as influências
Os Dynamis nos oferecem a possibilidade de colocar as influências
do passado e as possibilidades do futuro, o dentro e o fora, os
processos de fusão e de separação em uma correta relação de
reciprocidade, em um equilíbrio dinâmico.
Na sexta Noite Santa através do portal da Balança recebemos dos
Dynamis os impulsos espirituais para desenvolver o equilíbrio
interior e conseguir conter as forças de dispersão para se ter uma
vida coerente e harmoniosa.
SÉTIMA NOITE SANTA (Dia 31 de Dezembro)
De novo temos o nascer do sol que anuncia o novo dia e no final
deste o cair da noite.
Uma nova estrela brilha no céu emanando luz da Constelação da
Uma nova estrela brilha no céu emanando luz da Constelação da
Virgem o portal do qual emanam as forças dos Kyriotetes os Seres da Sabedoria.
Na evolução eles acordaram ao perceber a existência de outros
seres para os quais criaram então o espaço do acolhimento.
Estamos ainda no âmbito da segunda hierarquia que acolhem e
Estamos ainda no âmbito da segunda hierarquia que acolhem e
realizam os planos divinos.
As forças do Signo da Virgem configuraram o ventre que é um
aspecto físico do feminino que pode receber e gerar outro ser.
A alma, a nossa vida interna também tem esta qualidade do
A alma, a nossa vida interna também tem esta qualidade do
feminino de levar para dentro, de acolher no íntimo e de guardar
a nossa essência, o nosso Eu.
A Virgem é a imagem terrestre da Alma cósmica, a Sofia
e ela é considerada virgem porque corresponde a um aspecto
de nossa alma que permanece intocada pelas necessidades
terrestres e pode então acolher e gerar o Espírito individualizado
em nós. Isto significa um estado de entrega e doação constantes,
de cortesia e polidez.
Na sétima Noite Santa através do portal da Virgem recebemos
os impulsos espirituais dos Kyriotetets que são capacidades de
criar o espaço para algo novo ser gestado no íntimo e de encontrar
forças a partir do seu próprio interior para fazer desabrochar a
sua vida.
OITAVA NOITE SANTA (Dia 1 de Janeiro)
Nasce um novo Sol, atravessamos mais um dia e vem o cair da noite.
Uma nova estrela brilha no céu emanando luz da Constelação
de Leão, o portal do qual emanam as forças dos Tronos os Seres
da Vontade.
Alcançamos a primeira hierarquia, de seres espirituais muito
evoluídos que manifestam as intenções divinas atuando da
esfera macrocósmica para dentro do nosso sistema solar.
Na evolução os Tronos eram seres tão completamente conscientes
de si que seu querer era sua própria substância e este querer
é tão exaltado que estes seres produziam calor e doaram sua
própria substância.
As forças de Leão configuraram o coração humano e os dirigentes
da antiguidade e os reis da idade média associavam sua realeza
com este signo que era relacionado com a coragem e a prontidão
de realizar no exterior o que é determinado a partir de dentro:
a voz do coração.
Na oitava Noite Santa, a partir do portal do Leão recebemos os
impulsos de entusiasmo e coragem para enfrentar as provas
que o destino nos trazem.
NONA NOITE SANTA (Dia 2 de Janeiro)
De novo sai o Sol, atravessamos um novo dia e vem o cair da noite.
Uma estrela brilha no céu emanando o seu brilho da
Constelação de Câncer o portal do qual emanam as forças
espirituais dos Querubins os Seres da Harmonia.
Foi a ação dos Querubins no início da evolução que criou o
cinturão protetor de estrelas em volta do nosso sistema separando-o
da totalidade macrocósmica.
Esta ação está expressa na própria configuração do tórax:
as forças de Câncer configuram os doze pares de costela,
o invólucro protetor físico do coração, o órgão da vida.
Os Querubins trazem o impulso para que as transições de
um ciclo para outro ocorram de forma harmoniosa.
Eles atuam na forma da espiral cujas forças vem do
ciclo anterior, criam um invólucro e se direcionam para
o próximo ciclo – em uma seqüência repetitiva, harmoniosa.
Podemos observar estas espirais cósmica também em
ciclos menores da natureza . São os Querubins que cuidam
por exemplo que a semente do outono renasça como uma nova
planta na primavera.
Na biografia, pela antroposofia, encontramos também estas transições
no nosso desenvolvimento que às vezes se apresentam de forma
dramática como crises.
Na nona Noite Santa através do portal de Câncer recebemos
os impulsos espirituais dos Querubins que nos trazem força
para nos harmonizarmos com o novo e cria aconchego
para que os momentos de transição ocorram de forma harmoniosa.
DÉCIMA NOITE SANTA (Dia 3 de Janeiro)
De novo sai o sol, atravessamos um novo dia e vem o cair da noite.
Uma estrela brilha no céu emanando seu brilho da
Constelação de Gêmeos, o portal através do qual
emanam as forças espirituais dos Serafins os Seres
do Amor. Amor que não está mais assentado nos laços
físicos, nos laços da paixão mas em laços espirituais.
O amor fraterno.
Os gregos tem um mito através do qual podemos saber do que se trata.
O mito do Kastor e do Polydeukes irmãos que eram
filhos da mesma mãe com pais diferentes sendo que
Castor era mortal e o Polydeukes imortal. Ocorreu que
Castor morreu e o seu irmão foi até Zeus e pediu
que a sua imortalidade fosse retirada e concedida
ao Castor e Zeus comovido tornou-os ambos imortais
e os colocou no céu na forma de uma constelação.
Ou seja elevou-os a condição macrocósmica e o que
os tornou imortais não foram os laços de sangue mas
o abrir mão de si que resultou numa forma ainda mais
elevada de amor.
No Evangelho temos a sentença desta forma de amor:
“onde duas ou mais pessoas estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles”
– ou seja abre-se mão do próprio Eu e ganha-se outro Eu que é eterno.
“onde duas ou mais pessoas estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles”
– ou seja abre-se mão do próprio Eu e ganha-se outro Eu que é eterno.
A fraternidade é o mais poderoso impulso para a vida
social porque ela pode quebrar as barreiras de status,
de etnia e de crenças.
Na décima Noite Santa através do portal de Gêmeos os
impulsos espirituais dos Serafins ajudam a vencer a
barreira do individualismo e da solidão.
DÉCIMA PRIMEIRA NOITE (Dia 4 de Janeiro)
De novo vem o Sol e um novo dia e ao cair da noite uma
estrela brilha no céu emanando seu brilho da
Constelação de Touro portal por onde adentra
à esfera do Zodíaco vindo das regiões macrocósmicas
o sopro do espírito.
Se lembrarmos dos Reis Magos estava próximo o lugar
onde se encontrava a criança e iluminando a noite
o brilho da estrela que os precedia ampliava enormemente
a dimensão do deserto.
A alma se elevou tocando outra dimensão que não é terrena
A alma se elevou tocando outra dimensão que não é terrena
e o Espírito Santo adentra a dimensão humana manifestada
no Batismo de João sob a forma de uma pomba.
É uma noite de grande expansão da alma, os horizontes se
ampliam e a nossa alma pode se elevar a um estado anímico
cósmico alcançando a dimensão da alma do Cosmos, da
Sofia divina e sentir a presença do espírito . No Antigo Egito
isto era representado nas esculturas que portavam os chifres
do Touro com o espaço entre eles preenchido por um disco
solar coroando a cabeça do faraó considerado o descendente
direto de Deus.
Foram as forças do Touro que configuraram a laringe, o órgão
da fala que segundo o Steiner está em transformação e que
nos estágios evolutivos futuros do ser humano a palavra terá
de novo a força plasmadora referida nas Gênesis de todas as
religiões. "No princípio era o verbo e o verbo estava em Deus".
A palavra será como uma lança sagrada de expressão do amor divino.
Na décima Noite Santa através do portal do Touro o
Espírito Santo emana a plenitude do amor divino inspirada
como persistência em relação ao que se pretende alcançar.
DÉCIMA SEGUNDA NOITE (Dia 5 de Janeiro)
Um novo Sol e um novo dia e no cair da última noite desta
ascensão através das hierarquias espirituais.
Alcançamos o último degrau desta escada que já nos transportou
Alcançamos o último degrau desta escada que já nos transportou
para as fronteiras do universo.
Este é o portal por onde o filho de Deus, o Eu cósmico adentrou da
esfera macrocósmica, da esfera do Brama, Javé, de Alá, da
esfera do divino para a nossa existência.
Através deste portal ressoa no nosso cosmos vindo das regiões
Através deste portal ressoa no nosso cosmos vindo das regiões
macrocósmicas além do zodíaco a voz do Pai:
“Este é o meu filho muito amado, hoje eu o engendrei.”
Como um eco longínquo é feito o Reconhecimento a síntese de
todo o caminho unindo o Natal ao Batismo. O Natal como o
nascimento da criança natural e o Batismo como o posterior
nascimento da criança divina o Cristo como uma luz brilhando
no interior, como um Sol interno na alma livre e plenamente consciente.
A voz de Deus é a voz da consciência humana que eleva o Eu
de uma condição terrena, inferior a uma condição cósmica,
superior trazendo para o ser humano a possibilidade de se
tornar o ser da liberdade e do amor – a décima hierarquia espiritual .
Bibliografia:
A Ciência Oculta – Rudolf Steiner – Ed. Antroposófica
O Zodíaco e as Hierarquias Espirituais – Sergej Prokofieff
The Golden Age of Chartres – René Querido – Floris Books
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