RENATTA

RENATTA

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Meditação das 12 Noites Santas (Antroposofia)






É assim denominado o período que vai do Natal (25 de Dezembro) até a noite anterior
 (05 de Janeiro) ao Dia dos Reis (06 de Janeiro) quando, segundo a antiga
 tradição cristã, bênçãos divinas se derramam sobre nós através dos portais das 
12 Constelações do Zodíaco, o Cinturão de Estrelas em volta do espaço sideral no
 qual existimos. 

As 12 badaladas da meia noite do Natal anunciam a vigília que é um preparo espiritual
 como se as Noites Santas fossem uma prévia dos 12 meses do ano que se inicia. 

As virtudes recebidas das hierarquias espirituais nesta época através da meditação
 injetam suas forças no nosso desenvolvimento espiritual ao longo do novo ano. 

Uma atenção especial deveria ser dada aos sonhos como mensageiros do espírito.


A tradição das 12 Noites Santas e o Zodíaco

Podemos associar esta tradição à sabedoria antiga do Oriente através do relato da
 Jornada dos Reis Magos do Evangelho de Mateus. ( 2.2 a 10)

Na noite em que nasceu o Salvador uma estrela se iluminou e este era o sinal há
 muito esperado pelos Iniciados do Oriente que durante 12 noites seguintes 
seguiram o brilho da estrela que os precedia até alcançar a criança que 
havia sido anunciada como o Messias.

O relato do Evangelho de Mateus nos remete para os mistérios espirituais da
 antiguidade etapa do desenvolvimento da humanidade da época do
assentamento na região do Mediterrâneo quando aqueles que eram iniciados
 desenvolviam a visão clarividente através da qual o que hoje é considerado
 pela astronomia como corpos siderais eram vistos por eles como a 
manifestação de seres espirituais em atividade constante e transmutação
 contínua. 

A este antigo estado de consciência clarividente está associado o surgimento
 da astrologia, esta sabedoria baseada na analogia do movimento e posição
 dos astros com o destino humano. Ao fazermos a vigília das Noites Santas
 podemos retomar a jornada dos Reis Magos através da ligação interior 
com este sabedoria a respeito das 12 Constelações do Zodíaco.

Quem são os seres que vamos encontrar na jornada das 12 Noites Santas?

Rudolf Steiner refere-se às hierarquias espirituais em muitas de suas palestras. 

Inicialmente ele lhes dedica um capítulo na Ciência Oculta (1905) descrevendo a
 atuação delas na evolução do universo e do ser humano.

As nove hierarquias espirituais podem ser contempladas como esculturas 
no portão sul da Catedral de Chartres desde o século XIII. 

Chartres foi a mais importante catedral gótica da idade média e neste portão 
chamado de Portão da Transubstanciação as hierarquias formam uma
 escada ascendente que representa o ensino espiritual da Escola de Chartres. 

O aluno deveria de degrau em degrau (gradualmente) adquirir consciência
 destes seres espirituais que representavam diferentes estados de consciência. 

Neste aprendizado o pensamento era considerado um instrumento necessário
 para a percepção do espiritual desde que fosse casado com a vivência dos 
sentimentos e assim tornavam-se ambos, pensar e sentir, órgãos de 
compreensão e de participação no mundo espiritual.

Os nomes das hierarquias se originaram de um manuscrito de Dionísio, 
o Aeropagita que fundou a primeira escola esotérica cristã da antiguidade. 

Dionísio um iniciado dos antigos centros de mistérios gregos renomeou os
 seres divinos que eram chamados na antiguidade como os seres de Vênus,
 os seres de Mercúrio, etc. a partir da revelação do Cristo feita a ele por
 Pulo de Damasco em Atenas.

O manuscrito sobreviveu ao longo de séculos até ir parar em Chartres e 
são intitulados Os Nomes Divinos e a Teologia Mística descrevendo
 dramaticamente os nove níveis de seres divinos associados em grupos 
de três hierarquias que participaram da evolução da terra e do ser humano.


A primeira hierarquia 

Inclui os Serafins, Querubins e Tronos que iniciaram a evolução estando
 tanto no seu início como no seu fim – no Alfa e no Omega,

Eles atuam a partir do divino, da esfera macrocósmica que é denominada
 como a esfera do Pai, de Deus, de Alá. do amor divino, da doação cósmica. 

Eles são seres de um estado evolutivo anteriores ao nosso, tão avançados 
em sua evolução que foram capazes de fazer fluir de si a sua
 própria substância dando nascimento ao atual estado do nosso sistema solar.


A segunda hierarquia 

É formada pelos Kyriotetes, Dynamis e os Exusiai. 

Enquanto no processo de configuração do nosso Cosmos a primeira
 hierarquia atuou de fora eles de dentro do processo acolheram os 
planos divinos transformando-os em sabedoria, dando-lhe movimento e forma.

E por último,

A terceira hierarquia 

os Arqueus, Arcanjos e Anjos próximos ao seu humano porque 
desenvolveram a sua essência nesta etapa evolutiva em que nós Anthropos
 nos encontramos e na qual estamos destinados a nos tornamos co-criadores 
da evolução..


Primeira hierarquia    Segunda hierarquia     Terceira hierarquia


Serafins                         Kyriotetes                     Arqueus


Querubins                     Dynamis                        Arcanjos


Tronos                           Exusiai                           Anjos


Já nos últimos anos de sua vida em uma palestra intitulada a Palavra 
Cósmica e o Homem Individual (02/05/1923) Rudolf Steiner chama a
 atenção para o fato de que o homem autoconsciente deveria 
re-aprender a vivenciar as hierarquias na sua vida interna como realidades.

Nesta palestra ele diz que estes seres espirituais vem ao nosso encontro
 quando nos preparamos para conhecê-los e falarão a nossa alma
 primeiramente como pensamentos e sentimentos e só então o perceberemos
 como realidades

Em um texto intitulado O Zodíaco e as Hierarquias Espirituais, Sergej Prokofieff,
 que é atualmente um dos dirigentes mundiais da Antroposofia, inspirado por
 diversas palestras de Rudolf Steiner descreve o ensino espiritual de Chartres
 nesta tradição da vigília das 12 noites santas.

Ele delinea a escada de expansão da consciência que ajuda a dar nascimento 
no último degrau ao ser divino em cada um de nós.

O primeiro degrau da escada se assenta na esfera humana terrena e cada
 degrau nos leva gradualmente à esfera macrocósmica à esfera divina.

Prokofieff faz uma analogia entre este caminho de transformação e
 o processo de desenvolvimento descrito por Rudolf Steiner como o caminho 
de Jesus a Cristo.

Jesus nasce como a criança arquetípica destinada a se desenvolver como um 
ser humano de tal forma que possa acolher em si o Eu do Cosmo no Batismo
 do Jordão. 

Este acontecimento místico derramará sua influência por sobre toda a
 história humanidade como um grande arquétipo de desenvolvimento espiritual.



PRIMEIRA NOITE SANTA (Dia 25 de Dezembro) 

Soam as 12 badaladas da meia noite anunciando o Natal. Vem a aurora, 
atravessamos o dia, cai a noite e uma luz se acende no céu irradiando
 um brilho que emana da Constelação de Peixes e ilumina a primeira
 vigília santa.

Estamos no primeiro degrau da escada que está assentada na esfera 
humana terrena na dimensão da existência do anthropos – o ser da liberdade.

A liberdade é uma das duas principais forças espirituais que nos foram 
destinadas conquistar ao longo da vida. A outra força será ao final da
 escada, o amor.

A sabedoria antiga nos conta que foram as forças espirituais de Peixes
 que configuraram os pés humanos. Quando observamos os pés verificamos
 que eles são formados em forma de uma abobada que vai propiciar
 simultaneamente com a verticalização da coluna o andar ereto, primeiro
 grande aprendizado da vida. Quando criança nos arrastamos, engatinhamos
 e finalmente nos erguemos e nos apoiamos nos próprios pés superando as
forças da gravidade significando isto uma grande conquista e a condição 
para o desenvolvimento do pensamento, sendo o pensar o que diferencia
 o Humano dos outros reinos da natureza.

Ao longo da vida seguidamente fazemos uma analogia íntima com este fato:

“andar nos meus próprios pés, saber por onde ando”, "seguir os meus
 próprios passos”, “não vou andar nos passos de ninguém” são expressões
 que expressam uma correta relação com a terra e com o destino em termos
 de liberdade pessoal.

Nesta primeira Noite Santa recebemos da Constelação de Peixes os impulsos 
para se firmar nos próprios pés e se erguer, condições básicas para
 alcançar a liberdade individual, meta ao qual nos destinamos como seres
 individualizados.


SEGUNDA NOITE SANTA (Dia 26 de Dezembro) 

Nasce o Sol, atravessamos o segundo dia, cai a noite e uma nova luz brilha
 no céu irradiando da Constelação de Aquário o segundo degrau desta
 escada espiritual. 

Deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Anjos.

Os anjos são representados pela figura de um ser que derrama a água,
 o símbolo da vida e assim eles também são chamados de “Filhos da Vida”.

Eles são os seres espirituais imediatamente superiores a nós mantendo
 conosco uma relação próxima. O encontramos logo cedo no nascimento
 quando “parecemos anjos” nosso corpo vital ainda muito latente, 
cheio de vida.

Na infância ele é chamado de “Anjo da Guarda” e é sempre representado 
em todas as culturas protegendo a criança dos perigos sendo o seu
 guia e como guia ele permanece ao longo de toda a nossa vida.

“Pergunte ao seu anjo da guarda” frequentemente escutamos quando 
estamos em dúvida em relação ao caminho a seguir, a que decisão tomar.

Na vida adulta ele se transforma em nosso Guia Espiritual, nosso verdadeiro Self . 
“Assim deverás ser” nos fala no íntimo transmutando continuamente forças 
vitais em forças de consciência fazendo surgir nos pensamentos as imagens 
orientadoras para a nossa vida.

Nesta segunda Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação
 de Aquário os impulsos dos Anjos para que possamos enxergar e
 permanecer fieis aos nossos ideais. Os nossos ideais iluminam e
 protegem o nosso caminho e apontam para onde devemos seguir.


TERCEIRA NOITE SANTA (Dia 27 de Dezembro) 

Atravessamos mais um dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu 
irradiando da Constelação de Capricórnio o terceiro degrau nesta escada 
espiritual e deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Arcanjos. 

Os Arcanjos são denominados de seres da luz. 

Rudolf Steiner os descreve na Ciência Oculta como aqueles seres 
que durante a evolução acordaram ao enxergar o seu próprio reflexo 
no exterior. 

Quando eles doaram sua própria essência esta sua essência era a própria
 luz que irradiou para os quatro cantos do universo. 

A luz dos arcanjos é representada hoje em nós pela nossa inteligência
 que irradia para o meio ambiente e torna consciente para nós mesmos
 e para o mundo a nossa própria existência.

Os arcanjos se tornaram na evolução guardiões da inteligência cósmica 
com a missão de proteger o amor divino contido nesta inteligência que 
criou e transformou tudo em sabedoria para o bem de todos.

Nesta terceira Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação de 
Capricórnio os impulsos dos Arcanjos para o fortalecimento da nossa
 personalidade através da expansão da luz e autonomia da nossa inteligência.


QUARTA NOITE SANTA (Dia 28 de Dezembro) 

Atravessamos mais um dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu
 irradiando da Constelação de Sagitário de onde emanam as força
espirituais dos Arqueus, os Seres da Personalidade. 

Isto significa que eles não só possuem um Eu como sabem que
 o possuem e através desta consciência intensificada eles criam
 uma imagem de si no exterior. Eles projetam no exterior a força 
de sua luta interna que é a própria luta do centauro, do ser humano 
emancipado por um lado na sua inteligência mas por outro lado, 
em luta constante para superar suas forças animalescas, seus
 instintos selvagens, suas forças egoísticas.

Os arqueus são considerados os Espíritos do Tempo porque 
esta luta é a própria luta de desenvolvimento humano do nosso
tempo abrangendo algo que ultrapassa todas as etnias e se torna
uma influência cultural na nossa civilização.

Aqui a tarefa anterior dos Arcanjos que era proteger a sabedoria 
cósmica das intenções egoístas é ampliada pelos Arqueus estando 
expressa no desafio da nossa civilização moderna na luta entre
o materialismo exarcebado e a preservação dos recursos naturais.

No portal sul da Catedral de Chartres a escultura de Micael preside
 as 3 hierarquias. 

Rudolf Steiner constantemente se refere a ele como o Regente desta
 nossa Época com a missão de dominar o dragão, o ser mítico, em 
cuja forma está representado o nosso intelecto onde a sabedoria
 cósmica foi apropriada através da compreensão das leis, através 
da ciência natural e precisa ser colocada no mundo de forma 
mais ampla para o bem de todos. Tanto no aspecto pessoal de
 construção da personalidade como neste aspecto temporal 
esta luta representa um cair e levantar constantes.

Nesta quarta Noite Santa recebemos através do Portal do Sagitário
 os impulsos espirituais dos Arqueus para o fortalecimento da
 personalidade de forma que tenhamos forças de estabelecer
 e sustentar impulsos mais abrangentes na nossa vida que nos
 orientem para o futuro e que contenham metas espirituais para 
a nossa existência.


QUINTA NOITE SANTA (Dia 29 de Dezembro) 

Nasce de novo o sol, atravessamos um novo dia e cai a noite
e uma nova estrela brilha no céu irradiando da Constelação de
Escorpião através do qual emanam as forças espirituais dos Exusiai
 os Seres da Forma. 

Agora atingimos o âmbito da segunda hierarquia. 

Eles também foram seres de um estado evolutivo anterior tão
 avançados em sua evolução que podem acolher os planos divinos 
e torná-los manifestos de forma que haja uma concordância 
entre a esfera macróscomica da consciência cósmica e o nosso 
sistema solar que é uma expressão microcósmica onde a nossa 
existência humana está inserida, onde a biografia humana transcorre.

Os Exusiai estão envolvidos nos processos de criação de um novo 
ser, na transformação de uma forma em outra, na metamorfose
 constante da substância.

Na Bíblia eles são chamados de Elohins e no corpo humano as forças 
de Escorpião configuraram os genitais a partir dos quais é possível
 a procriação ou seja a criação de um novo ser físico.

Estamos no âmbito das forças sexuais que são as forças que 
oscilam tanto para o egoísmo mais absoluto, aquilo que pode ser 
caracterizado como o mal porque ao oferecer a possibilidade da
 maior satisfação imediata podem subjugar o humano ao nível 
do animalesco. Mas que também trazem uma das maiores 
possibilidades para a superação do egoísmo e transcendência de forças. 

Se em Sagitário tínhamos a imagem de um cair e levantar 
constantes entre o animalesco e o humano aqui temos a 
imagem de uma luta na nossa vida interior entre a morte e 
ressurreição. E esta é uma luta que ocorre em âmbito 
muito individual onde em liberdade oscilamos entre as s
ombras que obscurecem o nosso ser, os esconderijos onde 
vive o Escorpião venenoso e as forças de expansão do ser
representadas pela águia que se eleva às alturas e de lá 
contempla o Todo.

O Escorpião é então o signo das forças duplas, tanto
 destrutivas, retrógradas que mudam constantemente de
 aparência e invadem a nossa alma caotizando a vida 
como é também portador de forças construtivas que tem 
a ver com transmutação constante e contínua superação para
 que a substância divina, o Espírito possa em nós ser plasmado
 de novo e sempre. No Apocalipse esta característica de 
forças duplas é apresentada como a espada de dois gumes.

Nesta quinta Noite Santa recebemos através do portal de
 Escorpião os impulsos espirituais dos Exusiai para aceitar
 por um lado as nossas fraquezas, e por outro lado
 recebemos impulsos espirituais para a superação e transformação
 destas forças.



SEXTA NOITE SANTA (Dia 30 de Dezembro)

Temos o nascer do sol, a passagem de mais um dia e o cair da sexta Noite Santa. 

Uma nova estrela brilha no céu irradiando da Constelação de Balança
 o portal através do qual emanam as forças espirituais dos Dynamis o
 Seres do Movimento. 

Continuamos no âmbito da segunda hierarquia. 

Na evolução os Dyamis acordaram ao perceber o que estava ocorrendo
 em volta deles e atuaram criando um equilíbrio dinâmico, uma correta 
relação, uma permanente reciprocidade entre as coisas. Estar em 
desequilíbrio significa estar separado, não está inserido na unicidade
 de todas as coisas. Suas forças configuraram a bacia que é
 responsável pelo equilíbrio no manter-se ereto.

No trabalho biográfico, pela antroposofia, estudamos a expressão
 da Balança por volta dos 28 anos que é o marco de mudanças entre
 as forças do passado que nos carregaram até aí e as forças do futuro 
que trazem a possibilidade de uma nova expressão da nossa
 individualidade através da nossa capacidade de transformar a
 herança da educação herdada.

Os Dynamis nos oferecem a possibilidade de colocar as influências
 do passado e as possibilidades do futuro, o dentro e o fora, os
 processos de fusão e de separação em uma correta relação de
 reciprocidade, em um equilíbrio dinâmico.

Na sexta Noite Santa através do portal da Balança recebemos dos
 Dynamis os impulsos espirituais para desenvolver o equilíbrio 
interior e conseguir conter as forças de dispersão para se ter uma
 vida coerente e harmoniosa.


SÉTIMA NOITE SANTA (Dia 31 de Dezembro)

De novo temos o nascer do sol que anuncia o novo dia e no final
 deste o cair da noite. 

Uma nova estrela brilha no céu emanando luz da Constelação da 
Virgem o portal do qual emanam as forças dos Kyriotetes os Seres da Sabedoria.

Na evolução eles acordaram ao perceber a existência de outros
 seres para os quais criaram então o espaço do acolhimento. 

Estamos ainda no âmbito da segunda hierarquia que acolhem e
realizam os planos divinos.

As forças do Signo da Virgem configuraram o ventre que é um 
aspecto físico do feminino que pode receber e gerar outro ser. 

A alma, a nossa vida interna também tem esta qualidade do 
feminino de levar para dentro, de acolher no íntimo e de guardar
 a nossa essência, o nosso Eu. 

A Virgem é a imagem terrestre da Alma cósmica, a Sofia 
e ela é considerada virgem porque corresponde a um aspecto
 de nossa alma que permanece intocada pelas necessidades 
terrestres e pode então acolher e gerar o Espírito individualizado
 em nós. Isto significa um estado de entrega e doação constantes,
 de cortesia e polidez.

Na sétima Noite Santa através do portal da Virgem recebemos 
os impulsos espirituais dos Kyriotetets que são capacidades de 
criar o espaço para algo novo ser gestado no íntimo e de encontrar
 forças a partir do seu próprio interior para fazer desabrochar a 
sua vida.


OITAVA NOITE SANTA (Dia 1 de Janeiro)

Nasce um novo Sol, atravessamos mais um dia e vem o cair da noite.

Uma nova estrela brilha no céu emanando luz da Constelação 
de Leão, o portal do qual emanam as forças dos Tronos os Seres
 da Vontade.

Alcançamos a primeira hierarquia, de seres espirituais muito 
evoluídos que manifestam as intenções divinas atuando da 
esfera macrocósmica para dentro do nosso sistema solar.

Na evolução os Tronos eram seres tão completamente conscientes
 de si que seu querer era sua própria substância e este querer 
é tão exaltado que estes seres produziam calor e doaram sua 
própria substância.

As forças de Leão configuraram o coração humano e os dirigentes 
da antiguidade e os reis da idade média associavam sua realeza 
com este signo que era relacionado com a coragem e a prontidão
 de realizar no exterior o que é determinado a partir de dentro:
 a voz do coração.

Na oitava Noite Santa, a partir do portal do Leão recebemos os
 impulsos de entusiasmo e coragem para enfrentar as provas
 que o destino nos trazem.


NONA NOITE SANTA (Dia 2 de Janeiro)

De novo sai o Sol, atravessamos um novo dia e vem o cair da noite.

Uma estrela brilha no céu emanando o seu brilho da 
Constelação de Câncer o portal do qual emanam as forças
 espirituais dos Querubins os Seres da Harmonia.

Foi a ação dos Querubins no início da evolução que criou o 
cinturão protetor de estrelas em volta do nosso sistema separando-o
 da totalidade macrocósmica.

Esta ação está expressa na própria configuração do tórax: 
as forças de Câncer configuram os doze pares de costela, 
o invólucro protetor físico do coração, o órgão da vida.

Os Querubins trazem o impulso para que as transições de
 um ciclo para outro ocorram de forma harmoniosa. 
Eles atuam na forma da espiral cujas forças vem do 
ciclo anterior, criam um invólucro e se direcionam para 
o próximo ciclo – em uma seqüência repetitiva, harmoniosa. 
Podemos observar estas espirais cósmica também em
 ciclos menores da natureza . São os Querubins que cuidam 
por exemplo que a semente do outono renasça como uma nova
 planta na primavera.

Na biografia, pela antroposofia, encontramos também estas transições 
no nosso desenvolvimento que às vezes se apresentam de forma
 dramática como crises.

Na nona Noite Santa através do portal de Câncer recebemos
 os impulsos espirituais dos Querubins que nos trazem força
 para nos harmonizarmos com o novo e cria aconchego 
para que os momentos de transição ocorram de forma harmoniosa.


DÉCIMA NOITE SANTA (Dia 3 de Janeiro)

De novo sai o sol, atravessamos um novo dia e vem o cair da noite.

Uma estrela brilha no céu emanando seu brilho da 
Constelação de Gêmeos, o portal através do qual 
emanam as forças espirituais dos Serafins os Seres
 do Amor. Amor que não está mais assentado nos laços
 físicos, nos laços da paixão mas em laços espirituais. 
O amor fraterno.

Os gregos tem um mito através do qual podemos saber do que se trata.

O mito do Kastor e do Polydeukes irmãos que eram
 filhos da mesma mãe com pais diferentes sendo que
 Castor era mortal e o Polydeukes imortal. Ocorreu que
 Castor morreu e o seu irmão foi até Zeus e pediu
 que a sua imortalidade fosse retirada e concedida 
ao Castor e Zeus comovido tornou-os ambos imortais
 e os colocou no céu na forma de uma constelação. 
Ou seja elevou-os a condição macrocósmica e o que 
os tornou imortais não foram os laços de sangue mas
 o abrir mão de si que resultou numa forma ainda mais
 elevada de amor.

No Evangelho temos a sentença desta forma de amor: 

“onde duas ou mais pessoas estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles” 

– ou seja abre-se mão do próprio Eu e ganha-se outro Eu que é eterno.

A fraternidade é o mais poderoso impulso para a vida 
social porque ela pode quebrar as barreiras de status,
 de etnia e de crenças.

Na décima Noite Santa através do portal de Gêmeos os 
impulsos espirituais dos Serafins ajudam a vencer a
 barreira do individualismo e da solidão.


DÉCIMA PRIMEIRA NOITE (Dia 4 de Janeiro)

De novo vem o Sol e um novo dia e ao cair da noite uma
 estrela brilha no céu emanando seu brilho da
 Constelação de Touro portal por onde adentra
 à esfera do Zodíaco vindo das regiões macrocósmicas 
o sopro do espírito.

Se lembrarmos dos Reis Magos estava próximo o lugar
 onde se encontrava a criança e iluminando a noite
 o brilho da estrela que os precedia ampliava enormemente
 a dimensão do deserto. 

A alma se elevou tocando outra dimensão que não é terrena
 e o Espírito Santo adentra a dimensão humana manifestada 
no Batismo de João sob a forma de uma pomba.

É uma noite de grande expansão da alma, os horizontes se
 ampliam e a nossa alma pode se elevar a um estado anímico
 cósmico alcançando a dimensão da alma do Cosmos, da
Sofia divina e sentir a presença do espírito . No Antigo Egito
 isto era representado nas esculturas que portavam os chifres 
do Touro com o espaço entre eles preenchido por um disco
solar coroando a cabeça do faraó considerado o descendente 
direto de Deus.

Foram as forças do Touro que configuraram a laringe, o órgão 
da fala que segundo o Steiner está em transformação e que 
nos estágios evolutivos futuros do ser humano a palavra terá 
de novo a força plasmadora referida nas Gênesis de todas as
 religiões. "No princípio era o verbo e o verbo estava em Deus".

A palavra será como uma lança sagrada de expressão do amor divino.

Na décima Noite Santa através do portal do Touro o 
Espírito Santo emana a plenitude do amor divino inspirada 
como persistência em relação ao que se pretende alcançar.


DÉCIMA SEGUNDA NOITE (Dia 5 de Janeiro)

Um novo Sol e um novo dia e no cair da última noite desta
 ascensão através das hierarquias espirituais. 

Alcançamos o último degrau desta escada que já nos transportou
 para as fronteiras do universo.

Este é o portal por onde o filho de Deus, o Eu cósmico adentrou da
 esfera macrocósmica, da esfera do Brama, Javé, de Alá, da
 esfera do divino para a nossa existência. 

Através deste portal ressoa no nosso cosmos vindo das regiões 
macrocósmicas além do zodíaco a voz do Pai:

“Este é o meu filho muito amado, hoje eu o engendrei.”

Como um eco longínquo é feito o Reconhecimento a síntese de
 todo o caminho unindo o Natal ao Batismo. O Natal como o 
nascimento da criança natural e o Batismo como o posterior 
nascimento da criança divina o Cristo como uma luz brilhando 
no interior, como um Sol interno na alma livre e plenamente consciente.

A voz de Deus é a voz da consciência humana que eleva o Eu
 de uma condição terrena, inferior a uma condição cósmica, 
superior trazendo para o ser humano a possibilidade de se 
tornar o ser da liberdade e do amor – a décima hierarquia espiritual .




Bibliografia:

A Ciência Oculta – Rudolf Steiner – Ed. Antroposófica
O Zodíaco e as Hierarquias Espirituais – Sergej Prokofieff
The Golden Age of Chartres – René Querido – Floris Books

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