RENATTA

RENATTA

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER AO PAPE

PARA TRANESCREVER ME FAZ VIAJAR EM LUGARES DISTANTES ONDE O CORAÇÃO E A MENTE VOAMSCREVER  AO PAPE
Sou....Mulher amiga, amante, mãe...Mulher que inicia seu dia trabalhando...E termina, amando...Mulher que protege, luta briga e chora.. E que nunca deixa o cansaço.. Tirar o seu sorriso, sua força, a esperança..Que está sempre pronta a amar, e proteger a sua prole... Sua vida, o seu amor..Mesmo que esteja chorando por dentro..No seu olhar esta sempre presente.. A força de lutar por tudo o que quer Mesmo cansada.. Está sempre pronta para seguir em frente..E quando cai, se levanta tirando de sua queda..Uma grande lição..Aprendendo então, a passar por cima das armadilhas da vida.. Mulher Guerreira que se torna..Forte e frágil ao mesmo tempo...Que busca dentro de seu interior a força..Que chora para poder se fortalecer..Através das lágrimas que rolam.. Que se levanta para poder...Levantar a quem está em sua volta..Precisando de uma palavra de carinho..De esperança, de amor... Essa é a mulher guerreira Que se faz de forte..Mas ao mesmo tempo é tão frágil...Como um cristal...Mas que não se deixa quebrar tão facilmente... Sou filha de Iansã....e de Ogum... SIMPLESMENTE RÊ

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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

EU ENVELHECI?

EU ENVELHECI?
Um dia desses uma jovem me perguntou como eu me sentia sobre ser velha. 
Levei um susto, porque eu não me vejo como uma velha. Ao notar minha reação, 
a garota ficou embaraçada, mas eu expliquei que era uma pergunta interessante, 
que pensaria a respeito e depois voltaria a falar com ela. Pensei e concluí: a velhice
 é um presente. Eu sou agora, provavelmente pela primeira vez na vida, a pessoa
 que sempre quis ser.
Oh, não meu corpo! Fico incrédula muitas vezes ao me examinar, ver as rugas,
 a flacidez da pele, os pneus rodeando o meu abdome, através das grossas lentes
 dos meus óculos, o traseiro rotundo e os seios já caídos. E constantemente examino
 essa pessoa velha que vive em meu espelho (e que se parece demais com minha mãe), 
mas não sofro muito com isso.
Não trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, e o carinho de minha 
família por menos cabelo branco , uma barriga mais lisa ou um bumbum mais durinho.
Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais condescendente comigo mesma, menos crítica
 das minhas atitudes. Tornei-me amiga de mim mesma. Não fico me censurando se quero
 comer um bolinho-de-chuva a mais, ou se tenho preguiça de arrumar minha cama, ou se 
compro um anãozinho de cimento que não necessito, mas que ficou tão lindo no meu jardim. 
Conquistei o direito de matar minhas vontades, de ser bagunceira, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a 
grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo fica
lendo ou jogar paciência no computador até às 4 da manhã e depois só acordar ao meio-dia?
Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70 e se, 
de repente, chorar lembrando de alguma paixão daquela época, posso chorar mesmo!
Andarei pela praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e
 mergulharei nas ondas e darei pulinhos se quiser, apesar dos olhares penalizados dos
 outros. Eles, também, se conseguirem, envelhecerão.
Sei que ando esquecendo muita coisa, o que é bom para se poder perdoar. Mas, pensando 
bem, há muitos fatos na vida que merecem ser esquecidos. E das coisas importantes, eu me
 recordo freqüentemente. Certo, ao longo dos anos meu coração sofreu muito.
Como não sofrer se você perde um grande amor, ou quando uma criança sofre, ou quando 
um animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos 
dão a força, a compreensão e nos ensinam a compaixão. Um coração que nunca sofreu é
 imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser forte, apesar de imperfeito.
Sou abençoada por ter vivido o suficiente para ver meu cabelo embranquecer e ainda querer
 tingi-los a meu bel prazer, e por ter os risos da juventude e da maturidade gravados para
 sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes que
 seus cabelos pudessem ficar prateados.
Conforme envelhecemos, fica mais fácil ser positivo. E ligar menos para o que os outros 
pensam. Eu não me questiono mais. Conquistei o direito de estar errada e não ter que dar 
explicações. Assim, respondendo à pergunta daquela jovem graciosa, posso afirmar:
 "Eu gosto de ser velha". Libertei-me!
Gosto da pessoa que me tornei. Não vou viver para sempre, mas enquanto estiver por aqui,
 não desperdiçarei meu tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupando com
 o que virá. E comerei sobremesa todos os dias e repetirei, se assim me aprouver...
E penso que nunca me sentirei só. Sou receptiva e carinhosa, e se amizades antigas teimam
 em partir antes de mim, outras novas, assim como você, vêm a mim buscar o que terei sempre
 para dar enquanto viver: 
EXPERIÊNCIA E MUITO AMOR!
(D.A.)

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