É muito comum que as pessoas achem que desistir seja o pior dos fiascos que alguém pode cometer. Mas será mesmo que “nunca desistir” é a melhor opção sempre?
Persistir é uma qualidade, mas quando estamos batendo numa porta fechada, transformamos a persistência em insistência e perdemos tempo, energia, dinheiro e principalmente a oportunidade de desbravar nossos caminhos que ainda estão ocultos a espera de um espaço em nossas vidas para poderem acontecer!
Sabe aquela frase, “reconhecer o que posso mudar e aceitar o que não posso”, é bem por aí, certas coisas não ocorrem por alguma razão que não sabemos, mas percebemos. Nestas horas, o melhor a fazer é desistir sim, deixar ir, tomar outro rumo, e isso não é sinal de fraqueza ou fracasso, isso é sabedoria.
Vivi na Europa por 4 anos, 2 deles esperando meu passaporte italiano que não ficava pronto por nada nessa vida! O da maioria das pessoas levava de 3 a 6 meses, e eu já estava esperando há séculos pelo meu, insistindo com todas as forças nisso, eram noites sem dormir, dinheiro, advogados, despachantes, novena, promessa…
O tal deixar ir, “let it go”, que todo terapeuta fala, é exatamente isso, saber reconhecer a hora de desistir, de deixar de insistir, de se afastar, de entregar, e de olhar para outra direção. Estar atento aos sinais ao invés de pensar de forma fixa em “não desistir nunca” é libertador.
Experimente se permitir desistir do que não flui, seja uma decisão que não está dando certo, um relacionamento que não evolui, uma opinião que não imprime, um projeto que não toma rumo… ao invés de seguir batendo insistentemente em portas fechadas, experimente deixar essa porta fechada pra lá e tentar abrir uma nova janela!
Refletir sobre o quanto vale persistir numa questão ou deixá-la pode ser uma poderosa ferramenta. Algumas das decisões mais sábias que já tomei na vida foram desistir de caminhos que já não levavam a lugar algum.
Moral da história: A gente nunca sabe porque uma porta se fecha, mas sempre há uma razão.
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